Quais são os riscos ao operar Minicontratos?
Os minicontratos são classificados como investimentos de renda variável, logo, não é possível prever se uma posição será ganhadora ou perdedora e, por isso, você precisa estar ciente dos principais riscos encontrados, que são:
- Risco de alteração de margem de garantia: é a alteração da margem de garantia, que pode mudar os valores exigidos a qualquer momento, sem aviso prévio.
- Risco de ajustes diários: como são precificados diariamente, há dias em que os papéis podem registrar variações negativas.
- Risco de Oscilação do mercado: notícias, expectativas ou qualquer outro fator podem influenciar o preço dos minicontratos.
Outro risco importante a ser avaliado para suas operações em minicontratos é a alavancagem.
Mas afinal, o que é alavancagem?
A Alavancagem permite que você realize operações sem necessidade de todo o recurso financeiro exigido nesta operação, uma vez que seu saldo e garantias em conta são multiplicados, similar a um limite de crédito. Assim, você pode operar com um valor maior do que o disponível em conta, aumentando a possibilidade de ganhos, mas também, elevando sua exposição ao risco e eventuais perdas.
Mas qual a relação entre alavancagem e operações em minicontratos?
Em sua natureza, as operações em minicontratos são alavancadas. Ou seja, você estará operando instrumentos com valor muitas vezes maior do que o disponível em sua conta.
Embora você possa operar minicontratos com margem reduzida, é importante avaliar o seu grau de exposição ao risco de mercado.
Fique atento a este exemplo para entender a dinâmica:
Você investidor tem somente R$ 700,00 na conta do modalmais, que exige R$ 100,00 como margem reduzida para operar cada minicontrato de Ibovespa (WIN). Neste cenário, você pode alocar limites para operar até 7 WIN, tendo assim, a possibilidade de posicionar-se em até 7 contratos.
Considerando o Ibovespa a 100.000 pontos, você poderia negociar um total de R$ 140.000,00, representando uma alavancagem de 200 vezes.
- 7 (número de contratos) x 100.000 (cotação do Ibovespa) x 0,20, (valor em reais para cada ponto de WIN = R$ 140.000,00) (140.000 / 700 = 200) representando uma alavancagem de 200 vezes.
Cálculo na prática:
Supondo que você está negociando WIN, acontece uma notícia hipotética, de que com o agravo da pandemia, todos os países entrarão em lockdown no dia seguinte da notícia. Com isso, o gráfico que estava sendo negociado em 112 mil pontos, caiu para 111 mil pontos, em menos de 10 minutos e não havia oferta de compra, somente de venda. Neste cenário, um trader que estava posicionado comprado em WIN, esperando que o gráfico subisse, viu o gráfico caindo em 1000 pontos. Supondo que ele tinha R$ 700,00 de patrimônio elegível e que estava posicionado comprado em 7 WIN, este investidor auferiu o seguinte prejuízo:
1.000 x 0,20 x 7 = R$ 1.400,00
Por conta dessa volatilidade, o stop que estava programado sem spread, acabou acarretando um "pulo" de stop, e o trader foi zerado via robô de risco. Este trader além do prejuízo de R$ 1400,00 que ocorreu nos negócios, teve também um prejuízo de zeragem. Como sabemos, cada zeragem realizada via mesa de operações ou robô de risco, tem um custo de R$ 12,50 por minicontrato, com isso, ele teve um prejuízo de R$ 87,50 (7 * 12,50 = R$ 87,50) e temos que levar em consideração o custo de operação pela própria B3. Geralmente, o custo total seria de R$ 0,25, por minicontrato de WIN, como foram 7 de compras e 7 de vendas, teve um custo de R$ 3,50 (0,25 * 14 = R$ 3,50) nessa operação. No montante, o trader teve um prejuízo total aproximadamente de R$ 1.491,00 (1400 + 87,50 + 3,50 = R$ 1491,00). Isso tudo no modelo atual, com as novas regras da B3.
Antes, o trader com R$ 700,00, conseguiria alocar limites para operar até 53 WIN (700 / 13 = 53,84) pois, antes para operar pelo menos 1 mini índice, você precisaria ter em conta R$13,00. Neste mesmo cenário, se o trader estivesse operando com o máximo de sua capacidade, ele poderia auferir um prejuízo de mais de R$ 10.600,00 (1000 x 0,20 x 53 = R$ 10.600,00), isso sem considerar os custos da operação.
Logo, você, em uma posição perdedora, poderá potencialmente auferir em prejuízos superiores até mesmo ao saldo total em conta em um cenário de oscilação intensa de mercado.
Portanto, para ter consistência em seus trades é importante exercer uma boa gestão de risco para proteger seu patrimônio enquanto o rentabiliza na bolsa de valores.
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Sugerimos, além dos conteúdos repassados no nosso Guia Prático sobre o Mercado Financeiro, a leitura de estatística de Day Trade, produzidos pela B3. Para acessar este material, clique aqui.
Precisamos atentar-se ao tamanho do mercado, considerando o link de estatística da B3, clique aqui e confira.
Trata-se de um conteúdo muito interessante para quem tem dúvidas sobre o Day Trade, a CVM fez um trabalho bastante amplo sobre isso, para acessar clique aqui.
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Entenda sobre ordens STOP, clique aqui.
Entenda mais sobre o "pulo" de stop, basta clicar aqui.
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